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Os Catadores Caipiras

Presentación en Assis- Diario Algo Mais

Presentación en Assis- Diario Algo Mais

O filme Catadores Caipiras é um vídeo-documentário sobre a Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis de Assis (Coocassis). Produzido e dirigido pelo argentino Alex Portugheis, comunicador popular e estudante de Antropologia, o filme será exibido na próxima sexta-feira, dia 18, às 19h, no Galpão Cultural, seguido de um debate sobre o tema.
Leia nesta edição de Algo Mais dois artigos exclusivos sobre o filme: um do próprio diretor, que escreve sobre o rompimento das fronteiras, e outro do presidente da Coocassis, Claudineis de Oliveira, que descreve a estranheza inicial no trato com o estrangeiro.

Argentino lança filme sobre Coocassis

EDINEI JOÃO GARCIA
A presença de Alex Portugheis em Assis não é passageira, é estrangeira.... Com o intuito de aproximar fronteiras, Alex chegou em Assis pela primeira vez em janeiro de 2007, a convite da organização não-governamental Circuito de Interação de Redes Sociais (Circus). A sua vinda tinha uma finalidade bem específica: registrar a organização dos catadores de materiais recicláveis que integram a COOCASSIS.
Este estudante de antropologia da Universidade de Buenos Aires, tem um trabalho peculiar em educação popular. Ao produzir o vídeo documentário da Coocassis como uma vídeo-ferramenta, a relação, os vínculos que criaram Alex e o grupo da Coocassis romperam as fronteiras culturais, da realidade social, da língua, produzindo uma série de conteúdos novos, que só o olhar estrangeiro poderia encontrar.
Assim Alex volta para Coocassis neste ano de 2008, e agora como oficineiro de comunicação popular, partindo da exibição do documentário para potencializar a comunicação dos catadores com a sociedade civil, Estado e empresas. Com isso, o documentário assume a função de instrumentos de educação popular, pois é utilizado para produzir conteúdos dos catadores, consolidando uma unidade discursiva do grupo da Coocassis.
Temos como objetivo ainda para este ano de 2008, efetivar um circuito de difusão do documentário “Os Catadores Caipiras” na cidade de Buenos Aires e suas províncias. Aí sim o documentário realizará a comunicação entre catadores de Brasil e Argentina. Ao passo que no Brasil, na região de Assis, o desafio é vender Cópias de DVDs com as 2 versões (português e castelhano). A comercialização dos DVDs é fundamental para trabalharmos com sustentabilidade, pois as despesas para produzir “Os Catadores Caipiras” foram assumidas por Alex (2007) e agora em 2008 as despesas estão por conta do Fundo Comum Circus/Coocassis/Incop-Unesp). Este fundo, que é solidário, fomenta algumas ações que tenham o propósito de produzir material didático, conteúdos para formação, algumas capacitações; mas não é financiamento a fundo perdido, portanto, os gastos realizados agora serão repostos com a vendas do DVDs.

Edinei João Garcia é membro da Organização não-governamental Circuito de Interação de Redes Sociais (Circus)

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Fronteras, miradas y nuevos desafios...

ALEX PORTUGHEIS
Cuando los exploradores emprenden sus nuevos viajes, los bordes, que demarcan territorios, se disipan. Juran que Latinoamerica fue descubierta hace cinco centurias, pero aquellos que abren grande los ojos y las orejas, nunca dejan de sorprenderse. Las fronteras yacen bajo nuestros pies, retando nuestros pasos. Brasil o Argentina, Maradona o Pele, se pierden en un laberinto de ilusiones. La materia nos invita a volverla a observar, a volverla a nombrar. Cuando llegué a esta ciudad por primera vez, brilló en mi mente, una región que solo representaba un vacío en un mapa político internacional. Fui invitado, para observar y expresar con mi cámara, pero tras 12 horas de grabación y otras tantas de edición, sentía que yo mismo estaba siendo transformado. Los compañeros de Coocassis tienen esa virtud, su forma de batallar la vida, en este mato corroído por estradas, nos comunican que es posible transmutar la herencia de la eterna explotación, en Dignidad. Pero en esta vuelta, después de un año, esa afirmación se me expande en mi cerebro. Hace un tiempo, las conquistas de exceder el salario mínimo parecían fantásticas novelas. Hoy, los compañeros de Coocassis, junto con otras cooperativas hermanas del oeste paulista, no solo quieren transformar las formas de vida, de los catadores, sino que además piensan en construir estilos de vida y sociedad mas sustentables en estos tiempos de cataclismos. En otros confines de este maravilloso continente, sabrán que en Assis, una ciudad del oeste Paulista, existe muchos guerreros, que silenciosamente están transformando Brasil y Latinoamerica.

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No documentário, o catador é o agente de comunicação

CLAUDINEIS DE OLIVEIRA
No começo ninguém acreditava na capacidade. Achamos até que ia sumir com o material filmado. A idéia era muito estranha. A proposta dele tinha um sistema novo, um jeito diferente de trabalho.... que deixa a coisa rolar. Não tinha cena montada, ele foi se envolvendo com todos os cooperados, conhecendo cada operação da Coocassis. Chegava no pessoal com um caderninho na mão, uma fala enrolada, na simplicidade: ei hirmão. E de poquito em poquito foi conquistando confiança e intimidade com a turma.
O contato com uma língua diferente, coisa que não temos muito no oeste paulista, vai provocando na gente outras formas de comunicação, agente vai construindo uma comunicação no dia a dia mesmo, com palavras e com o corpo.
É aquela coisa. Um cara que vem de longe para conhecer movimentos sociais, é porque esta envolvido com as organizações populares.
A presença de Alex quebrou também alguns estigmas. Neste caso, o de pensar que a Argentina é como país de primeiro mundo. Quando discubrimos que lá também tem catador e em um estágio menos avançado de organização, ficamos surpresos e também entusiasmados com a possibilidade de enviar imagens da Coocassis para que os catadores tenham novos horizontes quanto ao futuro da categoria. E como diz o argentino, não “essisten fronteiras hirmão.... estamos todos no mesmo time latino-américa”.
O documentário Os Catadores Caipiras ficou pronto em fevereiro de 2008, quase um ano depois. Mas atingiu o objetivo. Revela a realidade do catador. No documentário, o catador é o agente de comunicação. É o catador quem fala de sua rotina e suas lutas.
Agora, Alex está realizando uma oficina de comunicação popular com agentes da diretoria da Coocassis. Planejando a difusão de Os Catadores Caipiras, produzindo conteúdos para o encarte, produzindo conteúdos para utilizar a vídeo-ferramenta como instrumento de formação para os novos cooperados.
Esta oficina esta indo bem. Estamos alavancando conteúdos. Mapeando frase por frase, os conceitos que queremos trabalhar, e encaixando as frases individuais, como quebra-cabeças, produzimos um texto coletivo. Desse jeito ele não tira a fala do catador, não modifica a palavra usada pelo catador.

Claudineis de Oliveira é Diretor Presidente da Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis de Assis (Coocassis).

AVINA

FUNDASUR-FUNDASUL

INTI (Instituto Nacional de Tecnología Industrial)

Transvendo o trem caipira-Priscila Miraz

Transvendo o trem caipira-Priscila Miraz

 

Depois de assistir ao documentário do antropólogo argentino Alex Portugheis, Catadores Caipiras, senti ecoando os versos de Manuel de Barros: “O olho vê, a lembrança revê, e a imaginação transvê. / É preciso tranver o mundo.”
O trabalho de Alex em Assis começou em janeiro de 2007, quando filmou o cotidiano dos catadores por um mês. De volta a Buenos Aires, tinha horas de material gravado, modas de viola, a língua portuguesa mesclada ao castelhano, e muitas lembranças de um Brasil que não chega aos noticiários estrangeiros. O que resultou desse trabalho ele nos traz agora: sua “transvisão”, a tão necessária desnaturalização do olhar, prerrogativa para a criação de possibilidades e de ações. É um olhar estrangeiro sobre nós que impõe questionamentos novos, nos fazendo repensar o lugar-comum justamente quando nos mostra o que nos circunda, através da mudança de perspectivas nas interações sociais na luta dos catadores pelo reconhecimento do seu trabalho: os bairros, a cidade, a região, o país. No documentário, O trenzinho caipira, música de Villa-Lobos e poema de Gullar, segue como o caminhão da Coocassis, transformando para continuar.
Alex convida a todos para a estréia do vídeo Catadores Caipiras, em especial aos catadores da Coocassis. O local escolhido foi o Galpão Cultural, onde diz ter sido possível a ele descobrir a vida cultural subterrânea de nossa região. Será na sexta-feira, dia 18 de abril, às 19 horas, dentro do programa Cine Galpão.

Priscila Miraz é historiadora, mestranda da Pós-graduação da Unesp de Assis.

Confección de la Video-Herramienta

Confección de la Video-Herramienta


Desafió Geográfico

Las fronteras, existen para provocar desafíos, para provocar atravesamientos. Un territorio que en mi mente figuraba en el abismo del mapa, me mostró el corazón del Brasil profundo, inexplorado por las hordas turísticas argentinas en el litoral brasileño. Este abismo, este desafío, estas fronteras lingüísticas, puestas en tensión e intercambio, inauguraron tanto en mi, como en el viaje anterior de mi compañero brasileño, el Territorio Transicional, que fundamos como un propio teatro de acciones[1].En este encuentro, nos apropiamos como criaturas vivas, del espacio que configuran los mapas. Tramamos nuestras relaciones, y nuestras propias producciones, semillas de este escenario en pleno movimiento, donde desplegamos en el mapa nuestros propios cuerpos. No hay límites definidos impuestos en este escenario, nos rodea solo enigmas y extrañamientos. No solo incertidumbres situadas en las tierras vecinas, sino también incógnitas en nuestros cotidianos parajes.

Este espacio que sigue entramándose, busca generar sus libretos de interacción entre sociedades civiles, estos planes nos animaron para producir obras en conjunto, obras en dialogo, autónomos de las decisiones de los gobernantes y de las empresas que regulan los destinos de las naciones. Esta fue la inspiración básica que fue desarrollando la obra, el video, que concibió su nombre como Os Catadores Caipiras.

 

Desafío Tecnológico

 

En la confección de esta video-herramienta, entramada en este territorio transicional, no existen solo desafíos geográficos, donde las sociedades civiles tratan de enlazarse; sino que existen diversos tipos de desafíos tecnológicos que esta video herramienta debe superar. En principio como cualquier artefacto inventado, la video herramienta esta inserta en una arquitectura de vínculos humanos que continúan interactuando con una naturaleza ya transformada. Que genera constantemente nuevos efectos[2].

Tener la potencialidad de conocer algunos dispositivos de como se realizan esos efectos, es el don de esta video herramienta destinada a la educación popular. El despliegue del trabajo social humano es registrado, es condensado como un mensaje a ser interpretado, a ser pensado, tanto por los mismos agentes que despliegan ese trabajo, como por otros agentes, a los que los trabajadores registrados están ligados. La video- herramienta tiene como meta, cuestionar la arquitectura de vínculos humanos en el cual se inserta ese despliegue de trabajo cotidiano. Si a través de este medio se comienza a modificar ese tejido social, seguidamente se modificará la naturaleza transformada. Por ello, la video herramienta en este preliminar caso, quiere repensar el tejido social en el que están insertos los recicladores, esta reflexión a su vez tiene que ser acompañada por otros sectores consumidores. Este dispositivo puede ser orquestado en cualquier espacio donde recicladores de materiales reciclables realizan su labor. Llevar esta experiencia al espacio argentino u a otro territorio latinoamericano, no vulnera las capacidades de esta video-herramienta, sino que a si mismo la potencia.

Acostumbrados estamos, a los artificios audiovisuales, que nos ofrecen los centros emisores más poderosos del capitalismo, donde lo más usual es regalarnos estereotipos de héroes para modelar, villanos que endemoniar. En esta misma lógica muchas veces los medios de comunicación, tratan de envilecer a los sectores populares. Dando discursos dicotómicos entre ciudadanos y marginales. Entre poseedores de derechos y carentes de todo. Estas periferias no poseen los medios para emitir sus propios mensajes. La video herramienta entonces tiene que ser el medio donde puedan fluir los mensajes de esta cultura en permanente mutación. Cuando este dispositivo se activa, las prácticas estereotipadas de los consumidores sufren distintos tipos de conmociones.

 

Desafió en el continuo aprendizaje del devenir social

Las arquitecturas de vínculos heredadas no parecen ser tan sólidas, nuestras practicas de consumo desenfrenadas, no nos lleva tampoco a ningún lugar seguro. Por ello, es idóneo, la visualización de esta herramienta de manera colectiva, que de rienda suelta a una reflexión conjunta. El inacabamiento de la práctica, nos sitúa en un continuo aprendizaje, cuyos objetivos son indeterminados[3]. Las huellas son inesperadas. En la difusión de la video- herramienta, sea en escenarios orquestados para el debate, o en las moradas particulares, se pueden siempre generar diversos impactos inesperados. Podemos dominar la herramienta, pero no sus efectos. El acceso a las tecnologías de reciclaje, y a los de medios de comunicación, y su seguida manipulación, darán siempre nacimientos a nuevas formas de concebir la arquitectura de vínculos humanos, en las que estamos emplazados. Somos un eslabón más en una cadena productiva, cuyas obras son impredecibles.

Al atravesar las fronteras geográficas, concebimos un propio teatro de operaciones; al atravesar las fronteras tecnológicas, comenzamos a configurar un propio oficio; cuando las obras se materialicen, no podremos configurar sus impactos, seremos los bienaventurados primeros afectados.



[1] Michel De Certeau Historias de cuerpos, en Historia y grafía, UIA-Iteso, México, 1997

[2] Wolf, Eric Robert: Europa y la gente sin historia. 1987 Mexico FCE

[3] Freire Pedagogia da autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Inaugurando un Teatro de Operaciones

Inaugurando un Teatro de Operaciones

En noviembre del 2006, un desconocido brasileño, tocó el timbre de mi casa en San Cristóbal. Preguntaba por Félix, mi compañero de casa, trabajador del PRU, programa de recuperadores urbanos (GCBA). Este brasileño recien llegado, se presento como Edinei, pero nos confió que todos lo llamaban “Go”, como un diminutivo a su figura bastante contundente.

Venía al congreso de salud mental de la asociación Madres de Plaza de Mayo, tenia como referencia el contacto de nuestra casa, por un dato de una compañera uruguaya que trabaja también estas temáticas. Accedimos en recibirlo en nuestro hogar, una casa colectiva donde habitamos 5 jóvenes, y lo hospedamos tres semanas.

Nos contó que era psicólogo egresado de la UNESP[2], que vivía en la ciudad de Assis, una pequeña ciudad del oeste paulista, donde se sitúa su facultad de Psicología. Era miembro de una organización llamada CIRCUS , que se encargaba de generar circuitos de interacciones sociales. Desde hacía 5 años, “Go” se había especializado en las temáticas de los recicladores, llamados en Brasil como catadores. Nos contó que en junio del 2001, se conformo el movimiento nacional de catadores de materiales reciclables (MNCR), donde marcharon miles de personas a Brasilia, para reivindicar el reconocimiento del oficio. En ese tiempo, nuestro amigo “Go” con su organización CIRCUS, y en conjunto con sectores de su universidad (UNESP), conformaron una escuela de educación popular inserta en una cooperativa de catadores de la ciudad de Assis. Esta escuela fue clave para el fortalecimiento de la cooperativa COOCASSIS.

En esta primera estadía de Go en nuestra ciudad visito distintos espacios ligados al sector cartonero, como las cooperativas, que funcionaban aquí. Me hablo bastante de las diferencias, ya que en Brasil, el fenómeno catador tenía décadas, y en los últimos años se había logrado constituir este movimiento nacional, cosa que en Argentina estaba aun en sus primeros intentos. Se estaban consolidando cooperativas[3].(El Álamo, El ceibo, Bajo Flores, El Trébol, Reciclando Sueños etc. )

Entre charlas y charlas, Go me invito a conocer su ciudad y a registrar con mi cámara de video, la experiencia de la cooperativa de catadores de Assis, para realizar un pequeño documental. Mi experiencia con video, ya la estaba transitando hace un tiempo, vinculándola con los conocimientos de las ciencias sociales. Pero las problemáticas de los cartoneros, los conocía solo a través de mis tiempos de militancia en la asamblea de Ángel Gallardo y Corrientes, y después de eso, solo las vivencias cotidianas como transeúnte, que dejaban siempre en mi nuevos interrogantes.

Esta vorágine de relaciones sociales impensadas, me llevaron a viajar a Brasil, para registrar las problemáticas del sector catador brasileño, desconociendo bastante las problemáticas del sector cartonero en Buenos Aires.

Después de 50 horas de viaje, en tren pasando por la provincia de Misiones, entre al estado de San Pablo, cruzando en ómnibus la triple frontera y el estado de Paraná.

 

Bemvinda a Assis:

Llegué a Assis, en el estado de San Pablo, en enero del 2007, no tenía mucho dinero en mi bolsillo, así que mis sueños de conocer otras partes de Brasil, se vieron truncos. Igualmente la alternativa no era mala, la bienvenida ya era buena. “Go” me refugio en su casa colectiva que convivía con otros tres estudiantes. Muchos de ellos, estaban en las casas de sus padres, ya que Assis en el interior paulista se destaca por su papel universitario y el verano es aprovechado para las visitas familiares. De a poco pensamos un plan de trabajo, poseía todo lo que precisaba, una cámara de video analógica, modelo Hi 8, de las últimas analógicas que despidieron el último milenio. Y una docena de casetes predispuestos a ser borrados, que me habían sobrado de un trabajo anterior.

Así que después de una semana de adaptación a los aires asissenses, habituarme al portugués, sintiendo ser el único extranjero en la ciudad de 100 mil habitantes a 450 km. del gran coloso sudamericano Sao Paulo. En la segunda semana, entre cervezas heladas, feijoadas comunales, elaboradas por las manos caipiras[4] de mi anfitrión; comencé a interiorizarme en las problemáticas de la COOCASSIS, la cooperativa de catadores de Assis que nucleaba en ese momento unos 70 integrantes, todos mayores de 18 años.

Viajamos a la planta de reciclaje, donde funciona la cooperativa, en los limites de la ciudad, con los campos de caña de azúcar, allí Go me presento como un compañero argentino que quería colaborar con su cámara, sentí amabilidad desde un principio.

Todo el ambiente decía, que podía trabajar cómodamente, las próximas veces fui solo. Go se concentro en las mejorías de unas instalaciones de un centro cultural autogestivo, llamado Galpao Cultural que funciona al lado de una vía ferroviaria, cuyo tren de pasajeros fue limpiado en los noventas por las huestes neoliberalizadoras del presidente Fernando Henrique Cardoso. En este estado, la privatización de la infraestructura estatal, fue un detonante de degradación, ya que como en tantas otras ciudades, la ciudad, nació alrededor de la estación. Estas actividades múltiples de Go, me hizo sentir una versión mía en espejo, en la realidad brasileña. Como espíritus que anhelan la transformación social entre los embates del capitalismo neoliberal, enredados, en distintos grupos, con motivaciones diversas, afines, que a su vez conviven y se retroalimentan. Ese es un espíritu que encontré en su organización CIRCUS, como también la encuentro entre los compañeros de esta misma revista Astrolabia.

 

Tres espacios ecológico-trabajador-caipira

Pero volviendo a las problemáticas catadoras, seguí esa percepción teórica de entender la cultura donde estaban situados estos recicladores del oeste paulista, como otro mega sistema de signos. Indague principalmente en tres sistemas, ya que estos se me presentaron en la interacción directa con los catadores. El espacio que configura la identidad ecológico- catadora, el segundo que configura la identidad de trabajadores precarizado; y el tercero que configura la identidad regional caipira. Estos sistemas los entendí como espacios en tensión, con diversos grados de coherencia, situados en un conflicto constante interno, como también con los otros espacios, descritos en este modelo. Teniendo en cuenta que otros nuevos sistemas pueden surgir, dependiendo de esta propuesta teórica y de la trayectoria de mi percepción.

 

Vías para indagar los espacios, con una cámara

Para abordar metodológicamente estos espacios, precise de los estilos etnográficos del antropólogo simbólico, Víctor Turner, en sus vías para comprender las dinámicas sociales de las poblaciones ndembu. En su modelo, usaba tres vías para indagar las tramas simbólicas, la vía observacional, que nos muestra como actúan los sistemas simbólicos en las culturas. En mi caso, era solo cuestión de encender la cámara y registrar. La segunda, la vía exegetica, trata de comprender lo que dicen los actores acerca de sus símbolos., o traducido a términos de la semiótica soviética, lo que entienden los actores sobre esas estructuras o sistemas de signos no tan coherentes. Ese era el momento de conectar el micrófono a la cámara y realizar entrevistas.

Y la tercer vía, la interpretativa, cual eran las relaciones entre lo observado y lo dicho por los actores, las contradicciones, los rasgos de la realidad, que prosiguen siendo oscuros, que generan así mismo mas enigmas. En el uso de las herramientas audiovisuales, esta reflexión de esta vía interpretativa se convierte en narración documental. Un propio modelo convertido en 25 minutos de síntesis orquestal de imágenes, sonidos, discursos y músicas. Solo un modelo, ya que la realidad misma permanecerá siendo un territorio infranqueable.

 

Espacio Catador

…. tras los ojos de la cámara y los dichos de Sidney.

 

Lo que denominábamos Recolección Selectiva, en el caso de los catadores de Coocassis, espontáneamente, se convertía en una práctica cotidiana de trabajo. Con solo cuestión de realizar un fuerte aplauso, y gritar con potencia ¡¡¡Coleta!!![5], en las puertas de las casas de los habitantes de Assis, los vecinos ya aparecían con el material reciclable limpio y ya separado. Esto sucedía en el 40 por ciento de la ciudad de 100 mil habitantes[6]. Asimismo esta practica se repetía en distintos barrios, donde se veía la tradicional diferencia de clases brasileñas. Igualmente la Recolección Selectiva se veía satisfactoria en distintos tipos de escenarios. En los barrios mas ricos, los que muchas veces separaban el material eran las personas empleadas en el servicio domestico de las lujosas casas. Ese contacto entre catadoras y empleadas domesticas, las encontraba en un territorio ajeno tras alambres de púas y grandes perros guardianes. Pero un encuentro y una solidaridad a fin de cuentas. Después supe, que muchas catadoras de la cooperativa anteriormente, se habían desempeñado en esta labor. Un 70 por ciento de los 70 catadores eran mujeres.

En los barrios más populares, la relación con los habitantes así mismo era más directa, todo tipo de materiales llegaba a los carros catadores diseñados para la cooperativa. El material más típico de reciclaje en estos sectores era el envase pep de plástico, usado para las habituales gaseosas de extractos de guarana. Los tetra pak de jugos de frutos eran más típicos en sectores de mayores ingresos.

Actualmente en estas experiencias de cooperativizacion de recicladores, muchos catadores cooperativos tienen una formación creciente sobre aspectos ecológicos. Comprenden la dimensión de su trabajo, y si esto se realiza en condiciones dignas, potencia un círculo virtuoso ecológico de cuidado ambiental a toda la comunidad. En los sectores populares, es frecuente esa concientizacion entre los catadores y sus propios vecinos.

Sobre esto, Sidney un catador de la cooperativa tiene algo para decirnos:

 

“Me llamo Sidney Cervilha, hace un año y ocho meses que estoy en la Recolección Selectiva, colaborando con el medio ambiente, y con toda esa lucha, ¿no?

Por que en 20 o 30 años no va a haber agua limpia, agua potable para el ser humano, nosotros tenemos que colaborar con las generaciones futuras, que sufrirán las consecuencias.”

Todo este trabajo de Recolección Selectiva, hoy un año después de la experiencia, sigue siendo respaldado por el municipio de Assis. El parque de reciclaje, en las afueras de la ciudad, donde la cooperativa realiza la separación de materiales, es de propiedad municipal. Este municipio provee a su vez el traslado de los trabajadores, todas las mañanas. Desde distintos puntos de la ciudad los catadores son recogidos en un ómnibus municipal, para que puedan comenzar su trabajo. Allí en la llamada planta de reciclagem estudian una hora en la escuela de educación popular[7]temáticas sobre cooperativismo y ecología, para que luego en el mismo ómnibus, llevar aun grupo de 30 catadores a iniciar la Recolección Selectiva en distintos barrios de la ciudad. Esa mañana, la otra mitad restante se dedican a un trabajo mucho más pesado e insalubre que la Recolección Selectiva, que los catadores llaman “cinta de la basura”, que explicaré más adelante.

A este ómnibus que reparte a los catadores por toda la ciudad, añadimos otro camión municipal, que traslada el material recolectado por los catadores. Pero así mismo, hay un tercer vehículo, este es de propiedad de la cooperativa, que ha sido donado por el gobierno federal de Lula, a través del banco de Brasil. La adjudicación de este camión, para muchos catadores, lo consideran como un gran logro para la cooperativa. En el ejercicio cotidiano, este transporte propio, traslada a los carros, herramienta esencial para el trabajo de Recolección Selectiva. Igualmente, ya que los carros no son suficientes para toda la cooperativa, los catadores combinan la recolección por las casas “puerta a puerta” sin carro, con la asistencia del camión municipal, para colaborar con los catadores, en las mismas veredas. A si mismo, el camión de la cooperativa es usado en el traslado del material reciclable ya compactado, con destino a las distintas industrias compradoras. La tecnología de acarreo determina la cantidad y el tipo de material acarreado, así como el tiempo invertido en la recolección, el transporte utilizado es decisivo en la tarea recicladora, es así su fundamental herramienta de trabajo[8].

 

Espacio de reivindicaciones de Trabajadores en el “Parque de Reciclagem”

…. Tras los ojos de la cámara y los dichos de Aparecida, Edson y Sandra

Después de registrar con mi cámara los camiones y el ómnibus que asisten en la labor de la Recolección Selectiva, volvía todas las tardes al llamado Parque de Reciclaje. El espacio municipal donde los catadores separan el material acarreado. Pero en los días que yo estuve en la cooperativa, no separaban ese material reciclable entregado por los habitantes de Assis en mano. Este era almacenado aparte en un depósito. El grupo del la Recolección Selectiva se sumaba a otro grupo, que ya estaba trabajando desde temprano, en la llamada “cinta de la basura”. Aquí las características del trabajo eran bien distintas. Los catadores se enfrentaban, con los residuos sólidos no separados de toda la ciudad. Los camiones municipales recolectores de basura, vaciaban todas las bolsas tiradas, por los vecinos de Assis. Otros operarios municipales, con tractores y grúas, transportaban el material a una garganta, donde caían, todas las bolsas. Abajo en una típica cinta fordista de 20 metros, alrededor se esta, ya estaban preparados 40 catadores, 20 de cada lado, la mayoría mujeres. En los primeros tramos de las bolsas de basura por la cinta, un grupo de catadores, con punzones rompían las bolsas de residuos, mas adelante el resto de los catadores separaban, las latas de aluminio, los vidrios, los plásticos entre otros tipos de materiales reciclables, para ser aprovechados. Aquí la eficiencia de trabajo de separación era mucho menor. Que en la labor de la Recolección Selectiva. Por que los materiales que pueden ser aprovechados, había que encontrarlos entre grandes cantidades de residuos orgánicos, muchas veces en estado de putrefacción.

Lo interesante de esto, es que el material orgánico, también puede ser aprovechado con fines agrícolas, de abono u otros usos. Pero esta convivencia con el material reciclable, en los residuos sólidos no separados, degrada las utilidades de los materiales tanto reciclables como orgánicos.

En este tipo de tratamiento, en la cinta de la basura, se degradaba también el trabajo de los recicladores. Ya que cualquier cosa puede aparecer en las bolsas, estiércol, agujas, perros muertos, incluso fetos. Esto requiere gran coraje entre los catadores, ya que este trabajo en la “cinta de la basura”, como ellos mismos dicen es un trabajo duro y sucio.

Como nos dice Aparecida, una catadora que trabajo bastante en la video-herramienta

 

“Quien no es fuerte no aguanta, sentís dolor en el brazo, sentís dolor en la clavícula, al cargar el peso de la basura pesada”

Edson Barbosa, otro catador encargado de recibir todo el material orgánico, ya separado, después de la cinta, cuya posición abajo al lado de otra garganta de hierro, es sin duda la más pesada, nos cuenta:

“…ves que el veneno pasa, sientes el olor, y nuestra salud no es muy buena. Pero por la gracia de Dios, nadie se ha enfermado…”

Sandra Carvalho, una catadora de gran experiencia, directora administrativa de la cooperativa, reflexiona acerca del consumo de los habitantes urbanos, los originadores de miles de bolsas que los catadores y catadoras ven pasar diariamente por la cinta de la basura:

 

“Si cada persona, cada habitante, respetara al ser humano, al catador, como una profesión, como una clase trabajadora y separara todo el material reciclable de la basura, pienso que nosotros que trabajamos propiamente en la “cinta de la basura”, no necesitaríamos, tener esa vida…”

El municipio de Assis, para respetar una ordenanza municipal, que privilegia la calidad de los materiales orgánicos enterrados, compensa a la cooperativa de catadores, con la venta de los materiales reciclables que pueden hallar de los residuos sólidos no separados, y del material orgánico que puedan vender como abono, con fines agrícolas.

Ya que las ordenanzas deben ser respetadas el municipio elige una estrategia que le es poco costosa. No retribuye el costo de energía empleado en la labor de separación, solo brinda el espacio de trabajo, y la maquina que porta la cinta de basura. El material reciclado que fue conseguido en la cinta es también de baja calidad, por ello, cuando este es vendido, es pequeño su costo. Mucho mas bajo que el material conseguido en la Recolección Selectiva efectuada cara a cara con los habitantes de Assis.

Los valores son repartidos en la cooperativa, lo que queda en el bolsillo del catador, es un dinero mayor, que si estuviesen realizando esta labor por su cuenta, pero alcanza niveles inferiores al salario mínimo brasileño.

Aunque posee características interesantes de cooperativizacion, y perspectivas educativas ecológicas, el trabajo del catador cooperativo, prosigue estando dentro del rubro de los trabajos que se efectúan bajo la línea de la pobreza.

En este caso la relación con el municipio es compleja, mientras que brinda los transportes para la Recolección Selectiva, el espacio donde funciona el parque de reciclaje con sus compactadoras, las cortadoras de papel, la sala de estudios, los comedores y los baños; usufructúa el trabajo de los catadores en la “cinta de basura”, en una labor insalubre, no reconociendo tampoco la energía de este trabajo, con el fin contradictorio de garantizar una ordenanza ecológica.

El municipio, con la necesidad de garantizar las jurisprudencias ambientales, de buena calidad de rellenos sanitarios, utiliza estrategias que degradan el trabajo de los catadores. Aunque los procesos de reciclaje pueden complejizarse, las condiciones insalubres en el trabajo de los catadores no se modifican. Después el material vendido, reproducirá esa relación monopolica con la industria, el mercado sigue decidiendo sobre la calidad y el precio de los materiales reciclables. Este sector minoritario que toma estas decisiones, son los verdaderos dueños de los medios de producción

 

Espacio Regional Caipira, celebrando en el churrasco, con dichos no registrados. La reivindicación de Claudineis, y las canciones regionales.

Después de haber registrado con mi cámara de video, las actividades de la Recolección Selectiva, después haber registrado el Parque de Reciclaje. Necesitaba más elementos, para la elaboración del video. Este tercer elemento, lo escogí, dentro del regionalismo caipira, constituido, por los habitantes del interior del estado de Sao Paulo, a diferencia de los habitantes capitalinos, llamados muchas veces con ciertos recelos, como paulistanos. En los últimos días de mi estadía en Assis, después de haber madurado una cordial relación con muchos catadores de la cooperativa, estos me invitaron a una fiesta de todos los meses, después del día de pagos, para comer todos juntos churrasco. Accedí, de muy buena gana, y llegue a un barrio apartado de la pequeña ciudad, donde estaban los mismos catadores, trabajadores de las veredas y de la cinta de la basura, bien arreglados, listos para bailar, beber y comer. En esta ocasión tampoco falto mi cámara, ya que registre y ellos también me registraron en el baile. Escuchamos forró, música pop, pagode, samba entre otros ritmos. Éramos 40 personas en una casa de una de las catadoras, donde también estaban sus hijos y otros familiares, que también fueron filmados. De este evento rescato, una pequeña secuencia de dos minutos, de todos estos mismos catadores bailando forró, con sus hijos. Lastima que el audio, no era nada bueno. Entre cervezas y churrascos, charle con Claudineis, presidente de la cooperativa de COOCASSIS, que me contó, que hace poco se había afiliado al Partido de los Trabalhadores (PT), y que ese hecho, en él, lo hizo pensar mucho en sus ancestros, ya que sus abuelos eran esclavos afrobrasileños. Sentía que el lugar de la cooperativa de catadores, continuaba una vieja lucha. Estos temas me llenaron de curiosidad, ya que evidenciaron mi extrañamiento y mi ignorancia de la historia brasileña. De la cual tan poco sabemos, en el Río de la Plata, pero que paradójicamente estamos tan ligados.

Las danzas, el churrasco, las viejas historias de esclavos, el tren abandonado, los hijos, inspiradores de las cotidianas luchas ecológicas, de dignidades, de mejores futuros…todos estos datos, configuraron un nuevo sistema, donde paradojicamente nada era demasiado sistemático. Un tercer sistema caipira compuesto, por un abismo caótico, histórico de devenires impredecibles. Este carácter poco planeado, constituye esta continua historia brasileña, en este devenir de luchas, y mixturas generadoras de nuevas identidades poco planeadas. Identidades forjadas por el conflicto entre señores y esclavos, terratenientes y campesinos, indígenas y buscadores de oro y tantos otros encuentros, donde la región caipira, es solo un eslabón más de esa inmensidad brasileña de tamaños continentales.

Esa secuencia filmada en el churrasco, mi inspiración en los dichos de Claudineis no registrados, mi estadía develadora de tantas historias, me llevaron a condimentar, con música regional caipira, las imágenes del trabajo catador. Una compañera brasileña, historiadora y escritora, llamada Priscila Miraz, me facilitó un montón de discos de la región. El que escogí, una grabación de una orquestra de guitarras y voces, con letras del popular compositor brasileño Heitor Vila-Lobos y el poeta Ferreira Gullar me convencieron. Habla de un trencito caipira, ese mismo que ya no lleva pasajeros por el estado de Sao Paulo. Ese mismo que dejo tantas ruinas. Pero que igualmente en la video-herramienta aparece como un tren que sigue funcionando, encarnando en el camión de la cooperativa.

Trenzinho Caipira- (Heitor Villa-Lobos e Ferreira Gullar)

Lá vai o trem com o menino             Allá va el tren con el niño
Lá vai a vida a rodar                         allá va la vida a rodar
Lá vai ciranda e destino                    allá va la ronda del destino
Cidade e noite a girar                        ciudad a la noche a girar

Lá vai o trem sem destino                 Allá va el tren sin destino
Pro dia novo encontrar                       para un día nuevo encontrar
Correndo vai pela terra                      corriendo va por la tierra
Vai pela serra, vai pelo mar                va por la sierra, va por el
Cantando pela serra ao luar               Cantando por la sierra hasta el resplandor
Correndo entre as estrelas a voar      corriendo entre las estrellas a volar
Luar, no ar, no ar, no ar                     Resplandor,  por el aire, por el aire

Fase de Edición, volviendo a la Reina del Plata. El acceso a los medios de producción

Después de 50 horas de vuelta, y de una grata experiencia, el nuevo desafió, era editar el material recolectado. Las imágenes, los audios, las entrevistas con las música.. Pero el acceso a este medio de producción a esta herramienta de trabajo, tampoco fue fácil, ya que mi manejo con la cámara no era el mismo con el programa de edición que apenas conocía. No poseía la maquina de suficiente calibre para soportar a ese programa, así que busque la solidaridad de mis compañeros, que si la tenían. En este casi encontré a dos personas Hugo Partucci, y Blas Amato, ambos antropólogos, (antiguos miembros de esta revista) que se están dedicando a video documentales. Han realizado y realizan sus producciones, con recursos propios o muy pequeños, brindados por la facultad. En esta disciplina mutante que estamos inventando día a día, el camino no esta trazado para lograr respaldo para realizar estas producciones. Cuando los proyectos son propios no dependen de ninguna cátedra, ninguna publicidad institucional, es mas difícil aun. Además que el tiempo de trabajo, para aprender a usar las herramientas y utilizarlas al fin es bastante largo. En este proceso fue estratégico, buscar respaldo en algunas instituciones alejadas al mundo académico, que brindaron distintos tipos de respaldo, sea en lo monetario, o en la difusión de la video-herramienta. Estos espacios fueron variados, mas allá de las diferencias ideológicas, ninguna de estas instituciones altero con su colaboración el contenido del mensaje de la obra. Fueron pequeños respaldos de varias instituciones, que me ayudaron a dedicar el total de mis tiempos a la edición, sin alternar con ningún trabajo de encuestas, de los cual estoy demasiado acostumbrado. Una estrategia que me sirvió en esta producción, pero que no se sostiene a largo plazo, ya que seria demasiado ardua, cuando sea necesario renovar la cámara, o poder armar una isla propia. Por la cantidad de recursos necesitados. Tendré que pensar en otras estrategias para tener total control de las herramientas de trabajo, para poder realizar los proyectos propios. La idea es seguir avanzando para que la confección de estas video-herramientas, sean consideradas como un oficio, sea por la universidad, el estado, u asociación civil teniendo siempre, total decisión y autonomía sobre lo producido. En la tarea de inventar este oficio por supuesto que tenemos mas dudas que certezas, pero de alguna manera necesitamos situarnos en ese puente estratégico entre las ciencias sociales y la comunicación con el resto de la sociedad civil. Tarea, que a mi juicio, suena como un lema universitario, pero que cuesta concretar por variadísimas razones.

La via interpretativa de Victor Turner, pero con un programa de edición.

En las vías anteriores, el etnógrafo había observado el bosque de símbolos, sabia que cosas, los actores decían sobre sus propiedades, pero aun faltaba, una tercer vía, la de interpretar, encontrar las relaciones, entro lo escuchado y lo observado, y ligarlo de una manera propia. En mi caso seria interpretar construyendo un posible modelo comunicable. Una manera que siempre llevaría a más enigmas. Este mapa, muestra solo un recorrido para intentar describir una cultura compleja en constante dinamismo. El lugar desde donde me situó, configurando ese espacio, es un lugar que ya esta relacionado con otros, con los antiguos teóricos, los especialistas que trabajan el tema del reciclado, la sociedad consumidora, los recicladores, etc. Si a otra persona se le ocurriese configurar otro mapa desde un punto similar en el universo, juntos entramaríamos una interacción de relaciones, que junto con otros, configuraríamos una red de modelos que obtendrían la posibilidad de comunicarse, no necesariamente estos tendrían que ser antagónicos, pudiendo también ser complementarios. Las 13 horas de video registradas analógicamente, debían ser seleccionadas y pasadas a un formato digital, que pueda ser leído por el programa de edición. En la pantalla tras varios días de familiarización con la tecnología y molestia a los familiares de mis amigos, dibuje en la pantalla, una secuencia de 25 minutos, de músicas, entrevistas y sonidos; imágenes de recolecciones catadoras, imágenes de la planta de reciclaje e imágenes del churrasco nocturno. Sergei Einsestein, el emblemático cineasta soviético, planteaba como este complejo nudo de sensaciones, proporciona al sujeto el sentimiento de la propia existencia. El objetivo en este caso, es que este sujeto observador de la pantalla paseara por las calles de Assis, sintiera la solidaridad de algunos habitantes; percibiera el fétido olor de la basura en la planta de reciclaje; y se zambullera en el éxtasis de una danza embebida con churrasco regional. Un dibujo lo suficientemente atrayente para actuar como aquel cine-puño que acentué las reivindicaciones del sector catador, pero también una video-herramienta, donde diversos sectores de la sociedad civil pueda concientizarse acerca de sus propias practicas de consumo. En Eisenstein tanto autor de la obra cinematográfica, como su espectador, entran en un estado de vibración psíquica, que da lugar al éxtasis, desarrollando capacidades imaginativas inadvertidas, que llevan a un sentimiento de unidad con la naturaleza, como otra manifestación más de la materia[9]. Donde sentimientos y pensamientos no poseen líneas divisorias. Un modelo interpretativo que comunica, que genera pensamientos y sensaciones. En este momento, en la confección de esta primer video-herramienta, no poseíamos el tiempo suficiente, ni la organización precisa, para desempeñar una mayor participación de los catadores en el proceso de edición. Es posible que en trabajos posteriores, obtenga una estructura de trabajo mas aceitada, para lograr una producción mas conjunta. Este seria solo un primer paso.



[1] Astrolabia 1.

[2] Universidad Nacional del Estado de Sao Paulo.

[4] Habitante del interior paulista

[5] Recolección, en portugués

[6] ya que este era el espacio que usufructuaba la cooperativa

[7]Patrícia Helena Duarte da Matta, Círculo de Cultura: Educação Popular com catadores de materiais recicláveis Unesp – FCL - Assis

[8] Parra F. Reciclaje Popular… en Recicloscopio ediciones de la UNLa

[9] Einsestein, S. Teoría y técnica cinematográficas, Ediciones Rialp Madrid 1999

Componentes de la Caja de Herramientas Teorica

Componentes de la Caja de Herramientas Teorica


Entre esos voces de esa polifonía[1], que podría ser como una infinita biblioteca borgeana, prefiero buscar pocos autores claves, sin lugar a dudas, presencias, que con sus modelos, me ayudan a elaborar los míos propios.

Entonces presento aquí un espacio, un punto en el universo de una intersección imaginaria, en adelante, tres constructores de modelos, presentes mientras el mundo estaba dividido en dos polos, en una guerra fría.

 

Arquitecturas de vínculos transformantes

El primer fabricante de modelos, que he hallado, es Eric Wolf, antropólogo estadounidense, que se especializó en la antropología marxista. En 1987, concluyo, su obra maestra, Europa y la gente sin Historia,[2] que desde un abordaje materialista reconstruye, las conexiones olvidadas, que constituyen los hilos de poder actual. Un recorrido histórico por 500 años colonialismo, en todos los continentes que no son Europa. En estas trayectorias desde los escritos de Wolf emplazados posteriormente a las descolonizaciones de Asia y África, a mis crónicas con los cartoneros, los une una cita expresada por este autor:

 

“El hombre se yergue frente a la naturaleza, por medio de lo que hoy día llamamos Cultura” y mas adelante “la forma en que están organizados socialmente, rige la forma en que enfrentan y transforman la naturaleza”

 

Tratando de indagar en su modelo sintéticamente, hallaríamos en el planeta, diversas arquitecturas de vínculos humanos, que transforman la naturaleza técnicamente. Entre estas arquitecturas y dentro de estas, encontraríamos diversos utensilios, diversas destrezas, organizaciones, y conocimiento a ser transmitido. No necesariamente siempre durante la historia, sectores de la humanidad se vieron privados del control de los medios de producción.( Herramientas de trabajo, y Materias Primas). Igualmente sugiero, que la ausencia de esa privación, tampoco convierte, al transitar humano por el planeta, en una panacea ideal. Cada momento, habrá generado nuevos desafíos. Pero, desde luego, que pensando de los antecedentes de los contextos coloniales y neocoloniales, encontramos grandes variedades de estas arquitecturas de vínculos, donde poseedores y desposeídos de los medios de producción chocan cara a cara.

¿Cómo podemos vislumbrar esa arquitectura de tejidos humanos en nuestro estallido social? Una historia que se viene repitiendo, transitares que vienen colisionando con diversos dueños, esparcidos en la historia del mundo, dominando los tan ansiados medios de producción. Espontáneamente aparecen en nuestras mentes las sofisticadas tecnologías, y el petróleo.

Pero, ¿que sucede con los residuos sólidos y los cartoneros?, una relación emergente entre la comúnmente llamada “basura”, materia que así mismo expresa diversas significaciones, circundada de distintas arquitecturas de vínculos humanos, trituradas por las crisis económicas del capitalismo.

Los cartoneros se organizarán para transformar la naturaleza que los rodea. En este caso, la materia que esta a su alcance, los residuos desechados, por los consumidores urbanos, serán transformados en el principal recurso, para la reproducción de sus familias.

“La basura”, para los consumidores urbanos posee la significancia de la propia carencia de valor de uso y de cambio, no vale ningún precio, ni se puede utilizar para nada.

En el caso de los cartoneros, esa materia prima transformada, es un vehículo valioso para la reproducción familiar. Muchas cosas pueden encontrar un uso, y es intercambiado además por dinero

Pero a su vez, también es cambiada e insertada otra vez a la industria ahorrando, grandes valores a las burguesía industrial argentina, (así también de tantos otros países emergentes[3]), además de no perjudicar a los ecosistemas de otra extracción de materias primas, muy difícil de regenerar.

Esta arquitectura de vínculos, donde los cartoneros están insertos, ha generado un eslabón diseñado por la misma lógica de acumulación capitalista. Donde las bondades del Reciclaje, que se han adueñado de los discursos progresistas, no pueden dar cuenta de las condiciones laborales de los recicladores latinoamericanos.[4]. Los sistemas jurídico-políticos se desatienden de cualquier derecho, conseguido por luchas anteriores. (Limitación de la jornada laboral, “prohibición” al trabajo infantil). Entonces, si los medios de producción fundamentales son los residuos sólidos, manipulados directamente por las distintas poblaciones mundiales de recicladores, ¿por que las grandes industrias se llevan el mayor rédito de este trabajo?

 

 

Una cultura mutante?

La arquitectura de vínculos humanos tejida, en las coyunturas de causas más globales, genera la emergencia, de nuevas practicas sociales. ¿Podemos aquí hablar de la mutación de las culturas? Otro autor escogido, que pasa casi desapercibido, entre las lecturas académicas, es el semiótico soviético, Yuri Lotman[5]. En 1979 en conjunto con sus compañeros de la escuela de Tartu, de Estonia, elaboran su “Semiótica de la Cultura”. Estos análisis desarrollados en la Unión Soviética, no eran del total agrado, del statu quo del estado comunista, por sus perspectivas de dinamismo social constante.

Lotman entiende, a la cultura como un mega-sistema de signos. Donde el más estable es el lenguaje usado, pero a su vez este sistema convive con otros sistemas, con diversos grados de estabilidad y coherencia, como por ejemplo los sistemas de posturas corporales o los métodos de trabajo en la manipulación de la naturaleza. Las arquitecturas de vínculos humanos emplean distintos sistemas, algunos menos estructurales y sólidos que otros, para así poder comunicar. Así mismo, la totalidad de esos sistemas que son empleadas en la cotidianeidad, conforman una modelización de la Cultura. Nuestra propia identidad, es fruto de esta modelizacion, seleccionando y desechando saberes, nos constituimos como sujetos y dentro de los grupos.

Pero por fortuna estos sistemas siempre se hallan incompletos, comprenden siempre una dimensión latente, desconocida. Las cosas que no podemos catalogar, navegan en la periferia de la cultura modelada como flujos de vida incatalogables, a si mismo irrumpen de manera continuada en la historia, son células amorfas, espontáneas, delinean inesperadamente el devenir histórico.

En esta intersección de caminos, encontramos al fenómeno social de los cartoneros, caminantes de las calles de Buenos Aires, en pleno estallido social. Las significancias, para los transeúntes, eran diversas, reflejaban su propia desazón, desatada por la coyuntura marginal. Para otros reivindicaba, la cultura del trabajo frente a las peores adversidades[6]. Allí mismo encontramos nuestros roles difusos, de estudiantes, hijos, trabajadores precarizados. Pero en esos contextos de ruptura, las puertas estaban abiertas como nunca para generar nuevas significaciones de las cosas. Las asambleas recuperaban espacios públicos, como ferias, bancos y plazas. Asimismo las intenciones de transformación social, generaron prácticas mutantes, que configuraron nuevas identidades. Las más típicas eran los trabajadores de fábricas recuperadas, los piqueteros, los asambleístas y los cartoneros.

Ejemplificando esto de modo material, la basura adquiere un papel protagónico en la periferia simbólica. Se desdobla en dos dimensiones claves, a lo inútil que debe ser despreciado, negado por ser asqueroso y muchas veces peligroso; y a lo desechado, que debe ser trasladado, al máximo confín posible, para ser abandonado y enterrado[7].

Los sujetos que se conectan con esa materialidad, pueden correr la misma suerte. Por ello para el ciudadano que “honestamente paga sus impuestos”, desea que todo “eso” se mantenga distante, por temor a que otros con “eso” lo identifiquen.

La ciudad encarna a la perfección esas relaciones simbólicas, después de drenar los recursos de la naturaleza, esconde sus desperdicios en las periferias olvidadas del centro de poder. Allí entierra todos sus secretos prohibidos, sus cadáveres, sus traiciones, sus olvidos, y prosigue con su consumismo desenfrenado. Tarde o temprano, la contingencia de la cultura mutante, genera el movimiento preciso, el aleteo de mariposa exacto para que todo vuelva a ser revuelto; ayudada por las fuerzas latentes de los estallidos sociales, las inundaciones, los huracanes. Los misterios se destapan, el territorio se hace distinto, la historia muta hacia otros colores y matices, para que las mareas traigan nuevos objetos perdidos.

 

Opresores y Oprimidos

 

Cuantos componentes diversos posee la “pedagogía del oprimido” de Paulo Freire[8]; la teología de la liberación, el legado de la escuela de Frankfurt, pero sin lugar a dudas, lo que nos dispara traer a este brasileño a esta intersección ilusoria, entre el norteamericano marxista y al soviético disidente, es su vivenciar latinoamericano, en la región mas desigual del planeta. En la arena entre opresores y oprimidos, muestra dos contendientes con distintas características. El opresor niega al oprimido su búsqueda a ser, pero en ese movimiento, se niega así mismo;

El oprimido violentado responde anhelando ser. La inversión de roles, no traería ninguna superación del modelo, solo mas devastación. La liberación de los oprimidos, libera así mismo a sus opresores, allí se encuentra el germen del hombre nuevo, sin opresores, ni oprimidos, solo hombres liberándose.

La retórica, posee tintes agradables, pero la cotidianeidad de los cartoneros, es así mismo mucho menos mistificadora. Aunque esta predica, sin lugar a dudas, sea estimulante, reproduciríamos absurdas lógicas si encontramos a “la clase cartonera” como los representantes idóneos de un dogma usual, en la tan acostumbrada retórica de las izquierdas.

Todo actor social, posee en si mismo esa disputa, los dos contendientes libran su lucha en cada una de nuestras acciones. Los recicladores urbanos así mismo no están ajenos a ello. La lógica capitalista, llega a los recicladores convirtiéndolos, la mayoría de las veces, en anónimos competidores por el material reciclable[9]. Por ello, hay que tener precaución con las idealizaciones.

 

Industriales, consumidores y recicladores

Igualmente el modelo propuesto por la pedagogía del oprimido, podemos vincularla con la interacción de tres actores, que elegimos, para modelar, un arquitectura posible.

En la base de la pirámide los recicladores, en distintos contextos mundiales, con las contradicciones propias del sector antes mencionadas. En las partes medias los consumidores, pueden ser los habitantes de las clases medias, que generan los residuos sólidos a partir de su consumo y en las cúspides los gerentes de las industrias nacionales y multinacionales. Entre estos tres actores, dos relaciones situaremos en esta arquitectura de vínculos humanos.

La relación con los consumidores urbanos, de parte de ellos provienen las cotidianas estigmatizaciones al sector reciclador por estar asociado a “eso” inútil y desechable.

Y la relación con la gran industria, en la punta de la pirámide, que precisa del trabajo de los recicladores. El reciclador habitualmente es compensado por la cantidad de materiales reciclables hallados, pero no es compensado por la energía de su trabajo. La gran Industria se apropia de esta energía gratuitamente. Y el material es comprado a bajo precio por los depósitos intermediarios con las empresas. Además que volviendo a la metáfora de la arena de circo, donde hallamos gladiadores en distintas condiciones, las relaciones aquí son monopolicas, los precios no son negociados, sino, que comúnmente son impuestos, según la lógica del mercado.

Estos sectores capitalistas, son los verdaderos dueños de las reglas del juego, quizás, de maneras más sutiles, menos observables, pero siempre presentes.

Entonces, la acciones de liberación que propone Freire, en este caso las encaro como tres reivindicaciones puntuales de los recicladores, entre ellos mismos, con los consumidores y con la industria.

Cooperativizacion: Entre los recicladores, entre ellos mismos. Algunas veces, los recicladores deciden asociarse, y constituir cooperativas[10] para reunir conjuntos mayores de materiales reciclables, para así saltar instancias de intermediación, mejorando así mismo las capacidades de negociación con los sectores industriales y sus condiciones de trabajo.

Recolección Selectiva: Entre los recicladores y los consumidores. En este recorrido se relacionan con los consumidores, concientizandolos acerca de las utilidades ecológicas del reciclaje para la población urbana en general, y lo importante que es ese material para la mejor subsistencia de la población particular cartonera. Con la meta de que ese material sea entregado en mano, evitando las practicas insalubres de hurgar en las bolsas abandonadas. Aquí vemos una transformación mutua, del reciclador con sus prácticas de trabajo, y una concientizacion del consumidor, con las formas de su propio consumo, donde “eso” descartado puede tener alternativos valores de uso para otros y para uno mismo. Esto constituye a las prácticas de la Recolección Selectiva.

 

Conocimientos sobre el proceso de Reciclaje: Pero siguiendo el modelo de Freire, su anhelo de ser, necesita un tercer movimiento, en las poblaciones recicladoras. Y aquí entramos, en un eje más potente, mejorar las condiciones de trabajo, y las condiciones de negociación, implica el siempre recurrente, mejor acceso a los medios de producción. Sus herramientas, las tecnologías compactadoras, de transportes idóneos, y el mejor acceso también al material reciclable, que producen los habitantes urbanos, pero que también producen las industrias en mayores volúmenes..

Detrás de estas materias post-consumidas, de estos objetos de trabajo para las poblaciones recicladores, podemos encontrar interesantes procesos de aprendizaje sobre la manipulación de estos elementos. Las distintas experiencias latinoamericanas nos demarcan distintos procesos, y estrategias de desarrollo de estos movimientos[11].

Detrás de la materia comúnmente desechada, encontramos saberes, sobre reducción, reciclaje y reutilización de los materiales reciclables y ligados directamente a estos, poblaciones de recicladores que luchan por mejores condiciones de trabajo.

Este tercer movimiento, ligados al conocimiento sobre el reciclaje, entrama la necesidad de mejores condiciones de trabajo, para el sector reciclador, hábitos de consumo más responsable para los habitantes urbanos, y un mayor conocimiento y denuncia sobre la contaminación de las distintas ramas industriales.

En principio, no parecen ser cambios vertiginosos. Pero si nos situamos en el enriquecimiento de estos saberes, y otra vez más en su interacción con el resto de la población consumidora, ese saber sobre los materiales desechados, pueden generar cambios insospechados, en los hábitos de producción y consumo ligados a los residuos sólidos, y a los materiales reciclables. Cada vez más sectores de la sociedad civil se están dedicando a las potencialidades y a los conflictos de estas temáticas multidimensionales del reciclaje.

Anhelando ser, distintas experiencias están conformando propias lógicas incontroladas del devenir social en su constante transformación de la naturaleza.

 

En mi caso, pienso que el camino de intersección de estos tres autores (Wolf-Lotman-Freire) situados sobre nuestros contextos inmediatos, puede darnos algunos instrumentos de navegación teórica. Por que seguidamente a ello, existe todavía un viaje empírico en pleno desarrollo.



[1] Multiples voces

[2] WOLF, Eric Robert: Europa y la gente sin historia. Capitulo 3. 1987 Mexico FCE

 

[3] Utilizo cartoneros para referirme a la experiencia argentina, recicladores para un fenómeno global en los países periféricos.

[4] Grafico bondades del reciclaje; Se sabe que una práctica intensa y responsable de esta actividad reduciría un 74 % de la polución del aire, un 35 % de la polución del agua, un 64 % de ganancias en energía, además que se reduciría el 30 % de la materia prima utilizada. (Fernandez de Aquino, Israel)

[5] Lotman, Yuri: Semiótica de la cultura, Madrid: Cátedra,1979

[6]Shamber. P Cartoneros de Buenos Aires…en Recicloscopio, ediciones de la UNLa

[7] De Lucca Reis Costa. D Margenes en el centro…en Recicloscopio ediciones de la UNLa

[8] Freire, P. Pedagogía del oprimido. Madrid: Siglo XXI. (1992)

[9] Parra F. Reciclaje Popular… en Recicloscopio ediciones de la UNLa

 

[10] Shamber. P Cartoneros de Buenos Aires…en Recicloscopio, ediciones de la UNLa

 

[11] Experiencias de movimientos nacionales de Recicladoras Latinoamericanos: Brasil//www.movimentodoscatadores.org.br/Colombia www.anr.org.co/